E|---------------------------------------|
B|-7-------------------------------------|
G#|-7-8-7-7-5-3-2-2-12-12-10-10-8-8-7-7-7-| (1)
E|---9-7-7-6-4-2-2-12-12-11-11-9-9-7-7-7-|
B|---------------------------------------|
E|----------------------------------|
B|-7--------------------------------|
G#|-7-8-7-7-5-3-2--5-3-2-2-0-0-------| (2)
E|---9-7-7-6-4-2--6-4-2-2-0-0-2-2---|
B|------------------------------4-4-|
E|---------------------------------|
B|---------------------------------|
G#|-3-3-3-2-5-5-5-5-0-0-0-0-3-3-3-3-| (3)
E|-4-4-4-2-6-6-6-6-0-0-0-0-4-4-4-4-|
B|---------------------------------|
E|---------------------------------|
B|---------------------------------|
G#|---------2-2-2-2-----------------| (4)
E|-2-2-2-2-2-2-2-2-0-0-0---2-2-2-2-|
B|-4-4-4-4---------2-2-2-0-4-4-4-4-|
E|-----------------------------------------------------|
B|-----------------0-----------------------------------|
G#|-------2h3-3-2-3-0--5-3-2-2------------------2-------| (5)
E|-------2h4-4-2-4-0--6-4-2-2-2-0--------------2-2-0---|
B|-0-2-4----------------------4-2-0-0--0-2-4-2---4-2-0-|
(1) Levantei um dia cedo sentei na cama chorando
(2) Meu velho tempo de peão nervoso eu fiquei lembrando
(3) Senti uma dor no peito igual brasa me queimando
(4) Ouvi uma voz lá fora parece que me chamando
(5) Eu tive um pressentimento que a morte na voz do vento, ali estava me rondando aí
(1) Eu saí lá pro terreiro lembrei nas glórias passadas
(2) Me vi montado num potro correndo nas invernadas
(3) Também vi um lenço acenando de alguém que foi minha amada
(4) Que a muito se despediu para derradeira morada
(5) Tive um desgosto medonho ao ver que tudo era um sonho, e hoje não sou mais nada aí
(1) Pobre de quem nesta vida na velhice não pensou
(2) Ao me ver velho e doente um filho me amparou
(3) Recebo tantas indiretas da nora que não gostou
(4) E meu netinho inocente chorando já me falou
(5) A mamãe já deu estrilo diz que aqui não é asilo, mas eu gosto do senhor aí
(1) Neste meu rosto cansado queimado pelo mormaço
(2) Duas lágrimas correram espelho do meu fracasso
(3) É o premio de quem na vida não quis acertar os passos
(4) Abri os olhos muito tarde quando eu já era um bagaço
(5) Vejam só a situação aí de quem foi o rei dos peões, hoje não pode com o laço aí
(1) A Deus eu fiz uma prece pedindo pros companheiros
(2) Que perdoem todas as faltas deste peão velho estradeiro
(3) Quando eu partir deste mundo meu pedido derradeiro
(4) Desejo ser enterrado na sombra de um anjiqueiro
(5) Para ouvir de quando em quando as boiadas ali passando, e os gritos dos boiadeiros.