E|-----------------------------------------------
B|-----7-7-7-9-7-7-------------------7-----------
(1) G#|-7-7-7-7-7-8-7-7-8--8----5-7-8-8-8-7-8-8-7--7--
E|-7-7-------------9--9----6-7-9-9-9---9-9-7--7--
B|-----------------------------------------------
E|-----------------------------------------------
B|-----------------------0-0-0-------2-2---------
(2) G#|-7-7-8-7-7-3-0-0-0-0-0-0-0-0-2-2-2-2-2-0-------
B|-7-7-9-7-7-4-0-0-0-0-0-------2-2-2-----0-2~----
E|-----------------------------------------4~----
E|-----------------------------------------------
B|-----------------------------------------------
(3) G#|-2-2-3-2-2-2--------2-2-3-2-2-2----------------
E|-2-2-4-2-2-2--------2-2-4-2-2-2----------------
B|-------------2-2-2--------------4-2-4-0--------
E|-----------------------------------------------
B|-----------------------------------------------
(4) G#|-2-2-3-2-2-2---------0-0-0-0-2-2---------------
E|-2-2-4-2-2-2---------0-0-0-0-2-2---------------
B|-------------2-4-0-0-------------4-2-2-2-0-----
E|-----------------------------------------------
B|-7-7-7-------------------7-7-7-----------------
(5) G#|-7-7-7-7-7-7-------7-7-7-7-7-7-7-7-7-------7---
E|-------7-7-7-------7-7-7-------7-7-7-------7---
B|-------------7-7-7-------------------7-7-7-----
E|-----------------------------------------------
B|-----------2-----------------------------------
(6) G#|-0-0-0-0-0-2-2-2-2-2-2-3-2-2-------------------
E|-0-0-0-0-0---2-2-2-2-2-4-2-2-------------------
B|-----------------------------4-4-4-2-2-2-0-----
(1) Um granfino num carro de luxo parou em frente de um restaurante
(2) Faz favor de trocar mil cruzeiros afobado ele disse para o negociante
(3) Me desculpe que eu não tenho troco mas ai tem freguês importante
(4) O granfino foi de mesa em mesa e por uma delas passou por diante
(5) Por ver um preto que estava almoçando num traje esquisito num tipo de andante
(6) Sem dizer que o tal mil cruzeiro ali era dinheiro praqueles viajante ai
(1) Negociante falou pro granfino esse preto eu já vi tem trocado
(2) O granfino sorriu com desprezo o senhor não tá vendo que é um pobre coitado
(3) Com a roupa toda amarrotada e o jeito de muito acanhado
(4) Se esse cara for alguém na vida então eu serei presidente do estado
(5) Desse mato ai não sai coelho e para o senhor fica o muito obrigado
(6) Perguntar se esse preto tem troco é deixar o caboclo muito envergonhado ai
(1) Nisso o preto que ouviu a conversa chamou o moço com modo educado
(2) Arrancou da guiaca o pacote com mais de umas cem flor de abóbora enrolado
(3) Uma a uma jogou sobre a mesa me desculpe não lhe ter trocado
(4) O granfino sorriu amarelo na certa o senhor deve ser deputado
(5) Pela cor vermelha dessas notas parece dinheiro que tava enterrado
(6) Disse o preto não regalhe o olho é apenas o rastolho do que eu tenho empatado ai
(1) Essas nota vermelha de terra é de terra pura massapé
(2) Foi aonde eu plantei à sete anos duzentos e oitenta mil pés de café
(3) Essa terra que a água não lava que sustenta o Brasil de pé
(4) Vão sentando muntado nums cobre nunca falta amigo e algumas mulher
(5) É com elas que nós importamos os tais Cadillac, Ford e Chevrolet
(6) Pra depois os mocinhos granfino andar se exibindo que nem coronel ai
(1) O granfino pediu mil desculpas rematou meio desenchavido
(2) Gostaria de ariscar a sorte onde está esse imenso tesouro escondido
(3) Isso é facil respondeu o preto se na enxada tu for sacudido
(4) Terra lá é a peso de ouro e o seu futuro estará garantido
(5) Essa terra é abençoada por Deus não é propaganda lá não fui nascido
(6) É no estado do Paraná aonde que está meu ranchinho querido ai